sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

O ÓDIO INÚTIL

O ÓDIO INÚTIL
O ódio inútil só nos leva à destruição. Nutrir infelicidades passadas, ainda que partilhadas com outras pessoas, congestiona o espírito e nos leva a um estágio de desespero que sempre deságua em intempéries no âmago do nosso próprio ser. Aprender a controlar a raiva e a podar os pensamentos regressivos de um passado que já se foi é um dos grandes passos para se alcançar a sabedoria. O ódio inútil destrói antes de tudo a quem os gera. Existe sempre a tendência de procurar alguém ou um animal para projetarmos o nosso rancor. Antes de tomarmos essa atitude insana, o melhor é pararmos, meditarmos e refletirmos sobre as conseqüências maléficas que estamos trazendo para nós mesmos. Ninguém merece o nosso ódio; como corolário lógico nós também não o merecemos. O ódio inútil nos lança numa espécie de círculo cármico interminável e deixa o nosso corpo vulnerável a energias ruins que transitam na atmosfera. Passamos a ser receptores de fluidos negativos e a nossa presença se torna desagradável e poluidora. É preciso averiguar o porquê do ódio inútil porque ele pode significar um sintoma sério de algo que ainda não conseguimos resolver em nós mesmos. Vociferar, esbravejar, lançar pragas ou xingar são manifestações do ódio inútil que infestam ambientes e maltratam pessoas. O Cosmos está precisando de muita paz e a consciência nos diz que devemos meditar sobre o nosso papel nessa construção de um mundo melhor, sem ódio, sem vingança, sem retaliação. Se dispomos de palavras suaves em qualquer língua por que não usá-las com nossos semelhantes? Por que não reconhecermos os nossos próprios erros antes de nos atracarmos com aquele que está ao nosso lado? O ódio inútil contribui para a involução do espírito e projeta na energia cósmica a semente da guerra. Cabe a cada um de nós segurá-lo. Cabe a cada um de nós analisá-lo e dissecá-lo na busca de sua compreensão. Uma vez compreendido, chegaremos sempre à conclusão de que ele é simplesmente inútil. E a sua inutilidade está no próprio fato de sua manifestação que conduz ao descontrole e enfatiza, no fundo, uma raiva profunda que sentimos de nós mesmos.

Um comentário:

  1. Caro professor;
    Me matriculei em sua turma de direito eleitoral na Puc, mas infelizmente fui informado que a disciplina não seria mais oferecida neste semestre. Gostaria de saber se há a possibilidade de obter com o senhor a bibliografia do curso e outras indicações sobre o tema.
    Felicidades;

    Evandro Pereira

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